Foi só a eleição para presidente ir para o 2º turno que ressuscitaram pseudo-educadores e o misticismo religioso da Idade Média. Até mesmo o pior secretário de educação que passou por SP está sendo bajulado por quem, até ontem, acusava Gabriel “O Prensador” Chalita de ser um “delfim” do Geraldo Alckmin e de ter sido “um furacão” na educação de SP!!!
– “Já postei algumas notas aqui indicando que o trabalho do “furacão” Gabriel Chalita ainda não foi suficientemente dissecado. A Secretaria da Fazenda de São Paulo tem um banco de dados fantástico, implantado na gestão Yoshiaki Nakano. Permite toda sorte de cruzamentos e de geração de indicadores. Segundo técnicos da Fazenda, na gestão Chalita praticamente não foi utilizado — apesar de ser uma das maiores despesas do estado. Obviamente a campanha política impede a explicitação da deterioração recente do ensino paulista por parte do candidato da situação. Mas a nova Secretária da Educação tem deixado vazar observações assustadas sobre o que encontrou na Secretaria. Não deixa de ser curioso que comentaristas que mantinham contato estreito com Chalita jamais tenham trazido a público a real situação de descalabro deixada pelo delfim. (Blog do Luis Nassif, “A Educação com Chalita”, 16/08/2006)
Observação: neste artigo, “delfim” não tem a ver com o mamífero, mas sim com a definição irônica de “título do filho primogênito dos reis da França”, o filho preferido do então governo de Geraldo Alckmin (PSDB).
Blogueiros progressistas de braços dados com o atraso.
Hoje, o mesmo blog, que vive de atacar e criticar o candidato José Serra (PSDB), está louvando o Gabriel “O Prensador” Chalita: “Vale dizer que ele foi secretário de educação em São Paulo pelo PSDB, é um cara simpático, e muito preparado para uma pasta de Educação. Tenho certeza de que qualquer atitude dele na direção de Dilma será um ganho, porque entre os fieis da Canção Nova, por exemplo, tem sido Chalita uma pessoa bastante respeitada. Ah, ele revela não ser simpático a José Serra. Pra variar”. (Blog do Nassif: “A interlocução de Chalita com a Igreja Católica”, 05/10/2010).
O blog do Paulo Henrique Amorim também está louvando o carismático Gabriel “O Prensador” Chalita… agora é só elogio para o delfim do governo Geraldo Alckmin… nenhuma palavra sobre o desastre educacional que o “furacão” promoveu em SP… nenhuma palavra sobre a questão das antenas parabólicas (compradas para as escolas e não entregues)… nenhuma palavra sobre a evolução patrimonial do vereador nestes dois últimos anos (de R$ 7 milhões para 12 milhões, de 2008 para 2010, segundo o TSE.)… nenhuma palavra sobre o fato de sua secretaria ter dito que era normal professor chamar aluno de bicha!!! (“É normal professor chamar aluno de “bicha”, diz secretaria” – caso EE Octacílio de Carvalho Lopes, Jornal da Tarde, 24/03/2005)… é só consultar os próprios arquivos da TV Record para saber quem é o carismático Gabriel “O Prensador” Chalita…
A chantagem dos religiosos fanáticos.
A questão religiosa e a questão do aborto só estão servindo para alguns espertalhões chantagearem os candidatos a presidente da República…
O aborto é questão de saúde pública, inclusive até mesmo descriminalizado no próprio Código Penal (1940) nos casos de estupro e risco de morte da mãe.
Nem mesmo a Bíblia reconhece o feto como pessoa. Em Êxodo 21-22, se houver brigas entre homens e causar um aborto, o homem não é acusado de homicídio, mas deverá tão somente pagar uma multa ao marido da mulher…
Pelos conceitos retrógrados e medievais de alguns fanáticos religiosos, até mesmo a “Pílula do Dia Seguinte” seria abortiva… será que vamos colocar na cadeia milhões de pessoas que usam este método?
Ou será que os fundamentalistas religiosos estão chantageando os candidatos para conseguirem empregos para padres e pastores nas escolas públicas, para catequizarem nossas crianças com as bobagens do criacionismo?
Prêmio Nobel de Medicina para a “fertilização in-vitro”.
Estamos em pleno século 21, que premia com o Nobel da Medicina justamente o médico Robert Edwards, pelo desenvolvimento de fertilização in-vitro, uma descoberta que ajudou milhões de casais inférteis em todo o mundo a terem filhos.
Para quem não sabe, a fertilização in-vitro (no tubo de ensaio) produz vários embriões, sendo que alguns são “descartados” (abortados) para dar mais chances de uma gravidez saudável e o desenvolvimento e nascimento dos embriões remanescentes…
Será que estes auto-denominados jornalistas progressistas, abraçados com os fundamentalistas religiosos, vão acusar todos os casais que fizeram “fertilização in-vitro” ou “fertilização assistida” pela prática do crime de aborto? Haja santa hipocrisia!!
Os candidatos apóiam a lei que regula o aborto legal.
A candidata Dilma Roussef já disse que a questão do aborto é uma questão de saúde pública.
O candidato José Serra, como ministro da saúde, assinou a norma técnica de orientação aos hospitais públicos sobre os procedimentos a serem adotados para a “interrupção da gravidez” (aborto) nos casos permitidos pelo Código Penal (estupro ou risco de morte da mãe).
Vale destacar que o primeiro hospital público a adotar procedimento para o “aborto legal” foi o Hospital Municipal Henrique Saboya, em S. Paulo-SP, na gestão da então prefeita Luiza Erundina (1989-1992).
Ninguém é a favor do aborto. O aborto é um procedimento extremo que causa graves consequências físicas e psicológicas para a mãe. Por isso mesmo, o aborto deve ser decidido a partir de um acompanhamento médico e psicológico da mulher, a qual dever ter garantido o seu direito de dar a palavra final.
Cruzada contra a ciência e a liberdade.
Quem poderia apostar que veríamos os carismáticos da “Igreja Católica/TV Canção Nova” de braços dados com os “evangélicos-neopentecostais/TV Record” em uma cruzada moralista contra os avanços da saúde pública, avanços que têm salvado milhares de vidas de crianças e de suas mães???
Esperamos que os candidatos Dilma Rousseff e José Serra busquem apoios e façam alianças éticas para o 2º turno das eleições presidenciais, evitando a chantagem de fanáticos religiosos que querem acabar com o os avanços médico-científicos e com as conquistas dos direitos das mulheres a não mais serem propriedades do Estado nem dos seus maridos.
Salve Charles Robert Darwin e a sua clássica e revolucionária obra “A Origem das Espécies” (1859).
***
Quem foi que um dia achou você desajustado
Por não acreditar naquilo que eles dizem
Querendo que você só fique aí parado
E aplaudindo tudo aquilo que eles fazem
Não penso que o tempo fica a nossa espera
Se a noite e o dia passam tudo se renova
Pra que ficar vivendo idéias que já eram?
Dizer que é do bem e vai vencer o mal
Eu não sei
Não sei quem foi o inventor
Das regras que servem só
Para mantê-los lá
Quem foi
Que deu as cartas eu não sei não
Com naipes tão marcados esperando enganar
Quem foi
Que deu as cartas eu não sei não
Com esses naipes tão marcados e eu não vou jogar
Blog do Mauro Alves da Silva 
Olá. Mandei um texto um tanto áspero ao blog Cremildadentrodaescola onde faço observações a respeito do uso que você faz de Darwin. Aqui vão elas:
Quanto ao fato da teoria da seleção natural, elaborada por Darwin e aperfeiçoada por outros possuir veracidade científica não discuto. Mas essas ideias tiveram uso deturpado e convém esclarecer isto. Entretanto, Darwin tinha sentimentos racistas, que foi amenizando ao longo da vida, mas que não podem ser ignorados em nome do progresso da ciência. Desse modo o tom ufanista ” Salve Charles Robert Darwin e a sua clássica e revolucionária obra “A Origem das Espécies” (1859)” merece as seguintes observações:
Ch. Darwin, no seu livro A Origem do Homem e a Seleção Sexual, com tradução para o português por Attílio Cancian e Eduardo Nunes Fonseca, publicado pela Hemus Editora escreveu coisas interessantíssimas, tais como:
“O homem é mais corajoso, belicoso e enérgico e possui um espírito mais inventivo. O seu cérebro é muito maior, sem dúvida, mas ainda não se conseguiu constatar se é ou não proporcional às suas maiores dimensões. As crianças masculinas e femininas assemelham-se, como a prole de tantos outros animais cujos adultos diferem notavelmente; também elas se parecem mais com a fêmea do que com o macho adulto. No fim a fêmea assume, porém, alguns caracteres distintivos e na formação do crânio parece assumir um caráter intermediário entre o menino e o homem” (p. 641).
“Em geral se crê que a mulher supera o homem na intuição, na maneira rápida como entende as coisas e talvez na imitação, mas pelo menos algumas dessas faculdades são características das raças inferiores e, por conseguinte, de um estágio de civilização mais baixo e já ultrapassado” (p. 648).
“A distinção principal nos poderes mentais dos dois sexos reside no fato de que o homem chega antes que a mulher em toda ação que empreenda, requeira ela um pensamento profundo ou então razão, imaginação, ou simplesmente o uso das mãos e dos sentidos. Se houvesse dois grupos de homens e mulheres que mais sobressaíssem na poesia, na pintura, na escultura, na música (trate-se da composição ou da execução), na história, nas ciências e filosofia, não poderia haver termos de comparação. Baseados na lei do desvio da média, tão bem ilustrada por Galton em seu livro Hereditary Genius, podemos também concluir que, se em muitas disciplinas os homens são decididamente superiores às mulheres, o poder mental médio do homem é superior àquele destas últimas” (p. 649).
Agora de outro livro seu:
“Entre os selvagens, os fracos de corpo e mente são logo eliminados. Nós, civilizados, fazemos o possível para evitar essa eliminação; construímos asilos para os imbecis, os aleijados, os doentes; instituímos leis para proteger os pobres… Isso é altamente prejudicial à raça humana” (The Descent of Man, 1871, p.168-169)
Sobre o negro:
“Em algum período futuro não muito distante se medido em séculos, as raças civilizadas do homem exterminarão e substituirão, quase com certeza, as raças selvagens no mundo todo. Ao mesmo tempo, os macacos antropomorfos… serão sem dúvida exterminados. A brecha entre o homem e seus parentes mais próximos será ainda mais larga, pois ela se abrirá entre o homem num estado ainda mais civilizado, esperamos, do que o próprio caucasiano, e algum macaco tão inferior quanto o babuíno, em vez de, como agora, entre o negro ou o australiano e o gorila.” (The Descent of Man, p. 178)
Neste sentido Darwin não parece muito revolucionário, não? Naturalmente podemos separar a Teoria da Seleção Natural destes absurdos. Mas a imagem de Darwin como herói, mártir da ciência fica abalada. Era um homem de seu tempo, com erros e acertos. No meu ver mais acertos, Mas os poucos erros foram decisivos para o futuro da humanidade. Basta olhar o Imperialismo, racismo científico, Holocausto, limpezas étnicas e por aí vai.
Então não custa nada um pouquinho de senso crítico.
Para quem estuda a história da humanidade seriamente, e está preocupado com honestidade intelectual sabe que a noção de Idade Média como período obscurantista já deixou de ter sentido há décadas!
Quanto a Idade Média, recomendo a leitura dos livros de Regine Pernoud “Luz sobre a Idade Média” e “Idade Média: o que não nos ensinaram”, este último publicado no Brasil pela Agir. Mas tem para baixar pelo 4shared
E o clássico de Jacques Le Goff “Os intelectuais na Idade Média”.
No mais, concordo com o artigo em salientar a separação entre Estado e Igrejas, laicidade do ensino público (quanto as escolas religiosas, estas são muito variadas, desde as mais conservadoras as mais progressistas, estas tem o direito de ensinar suas concepções religiosas, boa parte tende a respeitar alunos de outros credos ou de nenhum, se é por espírito de tolerãncia ou por que estão pagando é outra conversa). Há também o risco de exagerarno julgamento de valor sobre a religiosidade do povo. Há fanáticos, certamente, do mesmo modo que gente dos mais variados tipos de perfis. Cuidado com generalizações.
Mauro A. Silva diz:
09/10/2010 às 11:47 pm
Marcelo,
Você não tocou no ponto essencial do meu artigo. Talvez porque você não tenha lido o artigo original, do qual reproduzo o seguinte trecho:
“A chantagem dos religiosos fanáticos.
A questão religiosa e a questão do aborto só estão servindo para alguns espertalhões chantagearem os candidatos a presidente da República…
O aborto é questão de saúde pública, inclusive até mesmo descriminalizado no próprio Código Penal (1940) nos casos de estupro e risco de morte da mãe.
Nem mesmo a Bíblia reconhece o feto como pessoa. Em Êxodo 21-22, se houver brigas entre homens e causar um aborto, o homem não é acusado de homicídio, mas deverá tão somente pagar uma multa ao marido da mulher…
Pelos conceitos retrógrados e medievais de alguns fanáticos religiosos, até mesmo a “Pílula do Dia Seguinte” seria abortiva… será que vamos colocar na cadeia milhões de pessoas que usam este método?
Ou será que os fundamentalistas religiosos estão chantageando os candidatos para conseguirem empregos para padres e pastores nas escolas públicas, para catequizarem nossas crianças com as bobagens do criacionismo?”
Entendeu?
A questão religiosa é uma batalha por mais poder. Uma batalha que poderá trazer o famigerado “ensino religioso” para as escolas públicas.
Sobre a Idade Média, não basta citar um punhado de intelectuais. Tem de ver se era possível divulgar as ideias que contrariavam o poder da Igreja.
Charles Darwin sentiu o peso da “Idade Média” (mesmo ela tendo acabada em 1453), pois os “tribunais de inquisição” continuavam firmes e fortes. Depois de escrito, Darwin ainda esperou 16 anos para publicar o seu mais famoso livro “a Origem das Espécies”… e só o fez porque descobriu que o “jovem zoólogo Alfred Russel Wallace” já tinha chegado as mesmas conclusões…
Veja, Marcelo, que hoje você pode escrever e discordar abertamente de Darwin e de sua teoria… Mas quem quiser criticar o misticismo religioso ainda sofre o preconceito, a discriminação e corre o risco de ir parar na cadeia… A “santa inquisição” ainda vive!
Quanto as acusações de vincular Darwin ao “Imperialismo, racismo científico, Holocausto, limpezas étnicas e por aí vai” (palavras suas), isso é argumento desqualificado dos Criacionistas.
Leia o artigo-reposta de José Colucci Jr. em 5/10/2004 (O fantasma de Darwin – 2, Observatório da Imprensa”):
“O uso político de uma versão adulterada do evolucionismo não é exclusivo do nazismo e do marxismo. Correntes de variados matizes ideológicos recorreram ao darwinismo para justificar as suas crenças”.
Quanto à acusação de Darwin ser “racista”, mesmo relevando-se o tempo e o espaço em que ele viveu, destaque-se o que ele escreveu sobre a escravidão brasileira:
“No dia 19 de agosto, deixamos afinal a costa brasileira. Graças a Deus, nunca mais terei de visitar um país escravista. […] Perto do Rio de Janeiro eu vivia ao lado de uma senhora idosa que mantinha em casa um instrumento para esmagar os dedos de seus escravos homens. Hospedei-me em outra casa em que um serviçal mulato era insultado, surrado e perseguido dia e noite com insistência suficiente para quebrar o espírito do mais inferior dos animais. Vi um menino pequeno, de seis ou sete anos, levar três chicotadas na cabeça nua (antes que eu pudesse interferir) por me ter servido água num copo que não estava perfeitamente limpo. Seu pai tremia ao mero encontro dos olhos de seu senhor. […] Aqueles que olham com brandura para o senhor de escravos e com o coração frio para o próprio escravo, parece que nunca se colocam no lugar deste último; que triste destino, sem qualquer esperança de alteração! Procure imaginar a possibilidade sempre presente de ter sua mulher e seus filhos pequenos – objetos a que a natureza faz mesmo o escravo se apegar – arrancados de sua companhia e vendidos como animais a quem der o primeiro lance! E essas façanhas são praticadas e toleradas por homens que afirmam amar o próximo como a si mesmos, que crêem em Deus e rezam para que seja feita a Sua vontade sobre a terra!” [Charles Darwin, A viagem do Beagle (1839)]”
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=297OFC002
Por último, esclareço que a expressão “Salve Darwin” foi utilizada para provocar, para demonstrar o quanto é fácil criar deuses e mistificar algumas palavras, ainda que ditas por terceiras pessoas e escritas sob alegada inspiração divina…
O caso arquivado das parabólicas SEE-FDE – Coisa de gênios
O processo das parabólicas foi julgado.
O resultado saiu em 27/fevereiro/2010 – protocolo 142.475/09.
Acabou arquivado.
É um imbróglio só esse causo das antenas digitais e seus receptores.
À época, o Secretário da Educação era o Sr. Gabriel Benedito Isaac Chalita,
o Governador era Geraldo Alckmin, o Diretor de Tecnologia da FDE era Milton Dias Leme.
O Assessor de Imprensa do Sr. Chalita era o jornalista, Sr. Carlos Magagnini,
cargo que continuou ocupando até pouco depois da posse de Paulo Renato Costa Souza,
daí sumiu, hoje consta ao lado de Gilberto Kassab
e, aparentemente, também no Diretório do PMDB.
O assessor do Gabinete do Sr. Chalita era o Sr. Paulo Alexandre Barbosa,
hoje Deputado Estadual – PSDB.
Guarde os nomes até agora, outros menos citados publicamente virão.
A primeira providência é ler isto e isto caso não saiba nada do furdunço
e do sumiço de mais de R$ 13 milhões (não apenas R$4 milhões) da SEE-SP para formalizar
o Canal do Saber – uma estação de TV com existência tão longa
quanto a de uma única formiga, mas não tão próspera.
Depois você volta e segura o mouse, que aqui
tem longa história não dita (maldita) nos jornais.
Recorramos ao túnel do tempo.
Ler mais: http://namarianews.blogspot.com/2010/04/o-caso-arquivado-das-parabolicas-coisa.html#ixzz11gfe2E7a
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